Eu entro na loja e tá tocando essa música, com essa frase.
E eu penso: “nossa, recém entrei, que cobrança é essa produção?” Hahahaha… Eu ri internamente.
Vou escrever um textinho rapidão por motivos de fim de ano, ou seja, a tal “correria”. E vou abandonar a beleza da escrita e jogar as frases como se tivesse falando com vocês no elevador do prédio… ok?
Cês já sabem que a gente fez uma organização social do tempo, e todo mundo combinou de meio que ajeitar pra fechar ciclos dentro de um período que a gente chama de ano. É importante a gente ter organizado socialmente isso aí, organizar é um negócio bacana, vocês não acham? Organização é uma palavra boa, né? Pois é, também acho. 🤗
O problema é que a vida às vezes não colabora. Ela joga umas coisas no meio. Cês já perceberam? E a gente acaba por ter que reorganizar prioridades. Tarefas que não existiam passam a ser mais uma responsabilidade sua e outras apenas deixam de ser.
Tipo assim, deu um problema na caixa d’água no meu prédio, uma rachadura, e a gente descobriu porque apareceu um mofo no teto do meu quarto. Acredita? Aí do nada, “que que é isso?”. Chama o moço, ele sobe pra ver, e pá, tinha um vazamento gigante. O plano era outro, mas agora, em um dia, já tinha até goteira, e mofo, e coisas que do nada apareceram e precisavam ser resolvidas. Às vezes vira caos. E caos é um negócio chato, não acham?
Caos não é uma palavra boa, né? Ou às vezes até é… pode ser. Eu não sei se eu gosto muito dessa palavra. Mas ela tá aí, no dicionário da vida. Descobri que (se não tivesse descoberto logo) podia ter rompido a caixa em cima do meu teto. Loucura. Todo um rolê do condomínio, mas tá resolvido. Se atrapalhou a coisa da organização da semana? Total! Literalmente o caos. Mais um, de vários, nesse recorte de tempo que chamamos de ano.
E ESSE ANO TEVE UM MONTE DE CAOS, né meu povo?! Eu nem preciso citar, vocês sabem do que eu tô falando.
Chegamos até dezembro. E a gente fez o que deu pra fazer. Não tô falando de fazer de qualquer jeito, de minha parte houve esmero. Me dediquei a objetivos importantes, defendi coisas que acredito, me aproximei de gente querida, adquiri coisas que eu desejava. E não consegui realizar outras coisas que eu queria também.
Eu tô falando de considerar quando cabe apenas fazer o possível. E o possível, por vezes, inclui remanejar planos (grandes e/ou pequenos). E pegar leve no quesito “se punir” pelo que realmente não foi viável fazer nesse tempo chamado ano, além de relembrar que os ciclos seguem.
Janeiro vai chegar, e até onde se sabe o mundo não acaba no 31 de dezembro. Você pode continuar depois da meia noite, seus planos podem seguir… os meus também. Porque esse encerramento de ciclo é uma organização social, que nomeamos ano, mas o tempo é algo mais amplo e conclusões de ciclos são mais subjetivas. Sacam?
Então, resumindo:
· a construção de planos/projetos pro ano é importante, e estabelecer metas pode ser algo bem útil; ao mesmo tempo, nem tudo vai sair do jeitinho projetado sempre.
· rever o que disso tudo “deu certo” ou “deu errado” no final desse tempo que chamamos de ano também é importante e pode ajudar a recalcular rotas; e lembra de fazer isso de um jeito acolhedor contigo mesmo.
· fazer em dezembro o que você não fez nos 11 meses anteriores não me parece a coisa mais funcional. Mas depende também, pode iniciar a dieta, ou a academia, ou a terapia agora, ao invés de deixar pra janeiro e acabar chegando a mais um dezembro sem ter feito. Pois é, mudei de ideia no meio do parágrafo! Hahaha… falei que não era funcional, mas dependendo do cenário pode até ser funcional fazer nos 45 do segundo tempo. Se a meta não for reformar a casa inteira em 15 dias no final de dezembro, se for uma ação factível, vai lá começar antes do dia 31 que tá valendo!
· E, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO a gente também precisa manter um olhar flexível diante da vida. E lembrar que ela não é uma escada, com degrau por degrau, paradinha ali, só esperando você subir. É mais complexo que isso e há metas que serão alcançadas, outras que não.
Então, é isso! Com toda dedicação, fiz o que deu pra esse período. E até que foi bem feito, pensando direitinho aqui… apesar de não ter alcançado todas as metas que eu gostaria. Então é natal, eu fiz o que deu. E eu já num guento mais essa música! Aff! HAHAHAHA…
Boas Festas! E seguimos!
Sara Adaís Muller – Psicóloga Clínica