FAZENDO A MALA

– E se chove?

– E se surge algum jantar mais arrumado?

– E se esse sapato que é novo der calo?

– E se na hora eu enjoar dessa estampa?

gif

Essas e mil outras vozes ficam ecoando na cabeça quando estamos escolhendo o que colocar na mala, não é? Afinal, a ansiedade pré-viagem toma conta – uns mais, outros menos – e a gente tem a tendência de pensar só no que pode dar errado. Então eu tenho um convite pra você colocar o holofote no que pode dar certo!

Viajar é preciso, é lindo e envolve um tantão de coisas prévias (alô Airbnb hunters!) que por si só já fazem parte da viagem. Fazer a mala é só uma delas, e NÃO É a cereja do bolo. É a base, o recheio da casquinha mesmo… Falando em comida, uma vez eu ouvi que preparar um prato delicioso começa bem antes de estar com a barriga no fogão, começa lááááá na feira, na escolha dos ingredientes certos. Arrisco-me a dizer que

fazer a mala está para o desfrutar da viagem assim como escolher os ingredientes está para a execução do prato.

Esqueceu algum tempero? O peixe não estava fresco? A fruta estava podre? A farinha era de má qualidade? Não será uma receita memorável. Assim, se a receita para uma mala funcional e certeira está no “preparo” a primeiríssima dica é:

Separe um tempo de verdade para organizar e planejar

Não vale jogar regatas e casacos pesados jus in case por pura preguiça de checar antes a temperatura local. A premissa aqui é menos é mais, por questões óbvias de espaço. Então, olhe seu app de tempo e espie também as hashtags do lugar. Se der sorte, vai encontrar pessoas postando (e marcando) com a roupa apropriada ao clima em tempo real. É sobre aproveitar o mundo conectado!

Saiba a duração da viagem

Sério, Dallen, que óbvio! Sei… Mas prestençã que vai agora uma dica de ouro a partir do número de dias que vai durar sua viagem. Seguinte: o número de dias da sua viagem é igual ao número de partes de cima que você vai levar. E a metade dele, igual ao número de partes de baixo que você vai levar. Não precisa ser exatamente, mas quanto mais perto disso ficar, mais funcional será. Exemplo: viagem de 11 dias: 06 partes de baixo e 12 de cima. Lembre-se de versatilizar bem essas peças, nada de peças muito parecidas que enviam a mesma mensagem e você acaba ficando com a mesma “carinha” em todas as fotos (tipo 03 calças jeans skinny ou 04 regatas de malha básica, sabe?). Ah! Macacão e vestido contam como partes de baixo.

Entenda a programação

Outra obviedade? “De vez em quando sim, mas hoje não” (ah, o Tik Tok… Já apaguei o app, não tive maturidade pra ele). Saber o que te espera em termos de programação é básico. Uma ocasião especial, por exemplo, pede um look especial e ele não entra na contagem anterior. Se inexistir essa demanda, é sempre bom prevenir no sentido de ter uma peça mais arrumada, certo? Só que essa peça tem que ser coordenável com outras que você já tem e vai levar. Tipo um vestido de tecido especial (seda? pode ser) que vai com tênis, cardigan e mochila durante o dia e à noite segue elegante com a bolsa pequena e a sapatilha. Além disso, desamassa fácil no vapor do chuveiro. Para os homens, uma calça de alfaiataria (lã fria, tecido bom) que rende look casual com tênis e barra dobrada e à noite volta pro seu establishment com casaco e sapato. E barra desdobrada!

gif

Falando em desamassar, não é legal chegar amarrotado em lugar nenhum, principalmente quando o convite veio com antecedência. Além de preferir nesse caso tecidos que não amassem (tem vários), é bom chegar na hospedagem e logo tirar tudo de dentro da mala, colocar em cabides os tecidos planos (que não esticam) e deixar dobradas as malhas (que esticam). Use o truque do vapor do chuveiro também com camisetas de algodão, geralmente funciona bem. Você já ouviu falar em steamer portátil? É bem útil, veja se se encaixa no seu perfil de viagem.

Em outro post sobre malas eu falei sobre combinação de cores, então só vou pincelar aqui: prefira tons neutros coordenáveis entre si e, de preferência, leve no máximo 03 cores, afinal, quanto mais cores você levar, mais necessidade de outras peças vai ter para conseguir coordená-las.

Por último, pra esse post não virar e-book (olhaí, why not?!), garanto que dar preferência a peças que você já conhece e coordena fácil são a melhor opção. Salvo se a programação ou a intenção incluir um desfile das suas últimas aquisições estilísticas, não recomendaria usar uma peça nova pela primeira vez, especialmente se for uma modelagem, cor ou tecido novo pra você, no sentido de que você não esteja habituada(o).

AND, não é inteligente preencher os espaços ociosos da mala com “e se”. Deixe espaço para as boas surpresas da vida (vulgo compras). Você vai me dar razão quando puxar pela memória: quantas vezes levou vários “e se”s na mala e não usou nem a metade?

Tou aqui lembrando de mais um monte de coisas que poderia elencar, mas… aproveite e me conte você, qual a SUA dica de ouro para fazer uma mala inteligente?

Boa viagem!

Dallen.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de navegação, personalizar conteúdos e anúncios, fornecer funcionalidades de redes sociais e analisar o tráfego do site.

Ao clicar em “Aceitar todos”, você concorda com o uso de todos os cookies.