Hoje não quis escrever pro Blog.

E não escrevi.

Ou será que escrevi alguma coisa?

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Se tu te deu ao trabalho de conferir e chegou até aqui… vamos bater um papo! Hehehe…

Eu não estou inspirada para escrever esta semana. Minha mente está focada em outras coisas, algumas bemmm legais, outras nem tanto, mas todas coisas que envolvem minha atenção. As ideias que tenho para um texto não passam de duas linhas, os assuntos não avançam. É daquelas semanas que eu não queria ter que escrever.

Como vocês resolvem esse tipo de impasse? Como a gente decide se insiste ou desiste?

Eu me pergunto: por quê mesmo eu faço isso de escrever todo mês pra um blog? Me lembro que assumi um compromisso comigo e com mais algumas pessoas… e me pergunto se ainda faz sentido. Ok, faz. Bom, então lá vou eu, catar uma ideia de novo… e de novo, não evolui.

Isso me fez pensar em algo que chamamos (na abordagem terapêutica que eu trabalho) de “ações comprometidas”. 

Todos nós temos valores de vida. Eles podem ser muito diferentes de uma pessoa para outra, podem não estar tão nítidos ou conscientes, mas eles existem. Dizem respeito a com que (e com quem) você verdadeiramente se importa. Fala daquilo a que se dedica e que te dá sentido para viver. Essas coisas, mais ou menos abstratas, são os seus valores. 

Acontece que nem sempre nossas ações nos levam na direção destes valores. Por diversos motivos, podemos nos afastar daquilo que é importante. Pode ser falta de tempo (ou de um melhor gerenciamento dele), pode ser medo, pode ser até não se julgar merecedor daquilo, ou não se julgar bom suficiente para tal… pensamentos, emoções, padrões aprendidos, fugas… ixiiii… um tantão de coisas que nos atravessam e que, dependendo de como lidamos, podem nos levar a ações bem distantes dos nossos valores e também dos nossos objetivos de vida.

É aí que entra nosso auto-compromisso. Quando algo realmente faz sentido, e nos aproxima do que é importante pra gente, somos capazes de fazer movimentos naquela direção ainda que com certo grau de desconforto. 

Vem comigo num exemplo…

Pensa que você pode estar muitooo cansado do trabalho, louco para ir pra sua casa e se jogar no sofá. Mas você decide ir até o mercado, só para buscar um pacote de milho para fazer pipocas. Isto porque antes de sair de casa, você prometeu pro seu filho que faria a pipoca para ele hoje, depois da escola. Não é a pipoca o foco. Mas pra você é realmente importante manter a palavra, você quer ser alguém que cumpre o que diz o máximo de vezes que for possível e quer que seu filho aprenda isto também. Então você vai, não porque estava com vontade, nem porque já iria passar por lá (nem é exatamente o caminho), nem porque você quer comer pipoca. Você vai pelo valor que dá ao ato de cumprir promessas. Isso é uma ação comprometida na direção de um valor maior seu.

Vamos de exemplo 2, com outra situação, pra ficar bem mastigadinho…

Suponha que te chamem para participar de uma parceria de trabalho que inicialmente parece muito legal. Você até se empolga com as possibilidades de contatos que obteria dali. Mas olhando bem de perto, você nota que para estar lá precisaria ignorar alguns dos seus limites pessoais. Existe um desconforto em negar o convite, quase um constrangimento, uma sensação de que vai perder chances se disser não. Você se questiona sobre essa decisão por uns dias. Porém, no fundo você sabe que sacrificar coisas que acredita para estar em parcerias que defendem idéias distantes das suas te leva pra um lugar que não te faz um sentido real. Dizer não nesse cenário é uma uma ação comprometida na direção de um valor maior, neste caso, manter seus limites pessoais e suas convicções. Você então recusa.

O que têm em comum nessas situações?

Em nenhuma delas estamos guiando o comportamento pela empolgação do momento. Dependendo do caso não há empolgação nenhuma, nadica de nada. Porém, em ambas alguém está escolhendo agir numa direção que faz sentido, mesmo com certo desconforto momentâneo. Para mim isso é um jeito de viver mais consciente, mais intencional.

Isso não significa que a alegria, a satisfação e a empolgação não façam parte daquela escolha. Mas significa que as vezes elas virão depois, ao olhar para trás e sentir que fez “a coisa certa” para você. 

É o que estou fazendo agora enquanto digito esse texto. Não tava a fim, mas tem um valor maior envolvido. Para mim, acrescentar algo na vida de outras pessoas é muito, muito importante. A profissão que escolhi tem tudo a ver com isso. Se eu morrer sentindo que não fiz diferença na vida de ninguém, sentirei como se minha existência fosse vã. Então me comprometo com aquelas coisas que levam mais pessoas ao meu redor a refletirem sobre suas vidas. Escrever aqui é um dos vários jeitos de me aproximar disto que me é valioso.

Eu sei que em algum lugar alguém vai ler, vai se identificar com alguma parte e vai pensar sobre… Então que bom que eu sentei aqui e escrevi hoje. Essa é a vida que eu quero.

Existe uma gama de ações em que nossas opções de escolha são restritas, tipo não vai dar para não entregar o relatório do trabalho. Mas tem uma outra parte que a gente escolhe… e essa parte pode ser mais direcionada pela consciência de quais são as coisas que te importam, do que pelo cálculo “conforto X desconforto” envolvido na tarefa em si. 

Vocês já pensaram sobre isso? 

Quando é o caso de realmente “não fazer”, porque não faz mais sentido? 

E quando é o caso de fazer algo mesmo sem empolgação/motivação porém como um ato de compromisso com um valor maior seu?

Sei lá… pensem aí com os botões de vocês…

Só sei que hoje eu escrevi. Tá feito. ✅

🤗

Uma resposta

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