identidade
substantivo feminino
conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la.
O dicionário explicou bem, né? Leia de novo. Agora vamos conversar a respeito?
A imagem de uma pessoa é o que a identifica. Quando você lembra de alguém, lembra imediatamente do seu rosto, do seu cabelo, seus olhos, boca… Não é a única lembrança, mas identifica, marca. Alguns vão lembrar também da fala, do jeito de andar, dos gostos… Mas
a imagem que mais conta é a do rosto. Ele é a sede da nossa identidade.
Qualquer imagem é formada por linhas, formas e cores, basicamente. O inusitado é saber que a expressão dessas linhas, formas e cores é sentida por nós e por quem nos vê. Sendo o rosto uma imagem, essas linhas estão naturalmente no seu formato, na sua composição. Outro ponto inusitado: nós julgamos as pessoas por essa composição. É algo imediato, inconsciente, é um processo emocional, não é racional (também não parece justo, but…). O julgamento vai sempre ser feito em cima da primeira impressão que é passada para gente.
Agora pense se a imagem não tem nada a ver com quem a pessoa realmente é. Temos um problema! Ela vai sentir necessidade de “provar” algo para ser reconhecida, o que pode torná-la excessivamente “brigona”.
O meu trabalho é criar uma imagem que seja a representação de quem a pessoa é no seu melhor.
O seu melhor não é a sua totalidade. Não conseguimos expressar tudo, afinal, somos muitas coisas. Eu, por exemplo, sou a filha da Dalva e do Eucaris, a consultora de estilo, a esposa do Afonso, aquela das cores, a cabeluda que podia hidratar mais as madeixas, a rata de cidade que anda in love pela praia… sou tudo isso sim, mas isso não é tudo.
Já aconteceu de você chegar num lugar e não sentir identificação? Na Quiropraxia eu era assim. Estudei para aquilo, passei nas provas, trabalhei em clínicas alheias, tive clínica própria, tinha bom retorno dos meus pacientes… mas era um mundo estranho pra mim. Ninguém que me conhecesse sem o jaleco branco pensaria que eu era da Saúde (alguns feedbacks surpresos validam essa afirmação).
Tempos depois, criei o TAG de LUX e gostei de tê-lo criado. Nunca foi pela roupa em si, mas pela possibilidade de promover conexões entre as pessoas e criar um visual novo para alguém a partir de uma peça que já havia sido de outrem, num tipo relativamente novo de negócio. O TAG me pôs no caminho, mas não me preencheu completamente. Tanto que quando virou tendência, achei que já havia experimentado o suficiente. Mas foi inusitado, inovador, agregador… era eu, mas não totalmente.
O que, afinal, me identifica? Essa é a coisa mais importante para se descobrir na vida. Geralmente uma descoberta infinita, riquíssima em possibilidades.
Puxando a brasa bem para o meu assado, posso dizer que o temperamento te ajuda a responder essa pergunta. Temperamento é a essência da pessoa, aquilo que ela herdou “de fábrica” e faz com que ela seja de alguma forma distinta das demais. São características que não mudam, é basicamente 50% de quem você é. É diferente da personalidade (os outros 50%) que vai mudando ao longo da vida. Sexo, gênero, identidade, raça, família, o ambiente familiar, a educação, a religião, suas experiências únicas ao longo da vida… tudo isso e um tanto mais de variáveis te afeta e soma para criar a sua personalidade. E tudo importa quando eu pergunto: quem é você e o que você deseja expressar?
Hipócrates inventou a teoria dos 04 tipos de temperamentos: colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático. Segundo ele, nós somos uma mistura muito única desses 04. Existem outras classificações, mas eu uso essa da formação que fiz com o mestre Philip Hallawell, do Visagismo PH.
Ele comenta que esse temperamento “aparece” mais facilmente num momento de crise ou acidente. Ou seja, as reações são pistas muito boas: o colérico, que é mais de liderança, tem a tendência de assumir o controle da situação, vai reagir cuidando das pessoas. O sanguíneo tende a ficar eufórico e excitado demais com a situação, pode não conseguir lidar bem com ela. O melancólico tem uma tendência a ficar preocupado com as coisas, a lamentar o que está acontecendo. O fleumático é o mais calmo, portanto o que tende a por panos quentes e acalmar as pessoas.
Mas lembre-se: ninguém é 100% um dos temperamentos e também não é possível saber qual parte deles vai aparecer no momento do stress. O que temos são indicações através das linhas do rosto da pessoa. Mas não significa que vamos saber quem ela é. Não conseguimos ver como a pessoa está usando essas características. Só no olhômetro não dá pra ver… tem que conversar e entender.
Para que serve a análise facial?
Somente para estimular a pessoa a refletir sobre si mesma. No meu trabalho, a consultoria/conversa é mais importante que a análise facial, porque é a partir dela que vamos – a/o cliente e eu – definir o que a pessoa deseja expressar, o que ela deseja ver de si mesma no espelho, o que deseja que os outros vejam.
Só então eu crio uma imagem. E é tão individual esse processo que, por exemplo, eu posso estar num momento em que precise fechar um negócio que envolve muita pesquisa e disciplina, com prazos e tal. Então precisarei estar extremamente concentrada, introvertida, produzindo. Mas ao final do dia ou daquele período, eu posso ser extrovertida de novo. E aí, qual o temperamento dominante nesse caso? Qual a medida?
Construir uma identidade vai muito além apenas do que harmoniza, do que fica bem, do que fica esteticamente bonito.
Eu me encontrei demais estudando e aplicando o Visagismo PH, a arte de criar uma imagem que representa a pessoa no seu melhor, que mostra a beleza da pessoa. E a minha ferramenta de trabalho é a linguagem visual. Ou seja, ao final, esse conjunto de características que distinguem uma pessoa por meio das quais é possível individualizá-la será apresentado através do corte de cabelo, da maquiagem, das roupas, dos acessórios… É doido isso, né?
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Dallen.