Não existe hack de produtividade que dê conta de uma sobrecarga

Vamos falar sobre cansaço?

Vou começar contando da situação em que me encontro:

Negócio próprio crescendo e necessidade de aumentar a equipe.

Mudança de casa.

Gato com câncer.

Vida financeira de pernas pro ar.

Competição no esporte.

Dar conta de acomodar todas as transformações internas, reflexões, desejos, ansiedades…

Além disso tudo, ainda gostaria de ser presente para minha família, amigos, cuidar de mim, da minha casa e claro, fazer vários nadas.

Não quer mais nada não, fofa?

Por algum tempo eu fui a tarada dos hacks de produtividade, como organizar as tarefas, método pomodoro, entender sobre procrastinação. Tudo para que eu pudesse ter o maior aproveitamento possível do meu tempo (coisas que o capitalismo faz com a gente).

Em minha defesa, dentro dessas tarefas sempre estavam inclusas horas de sono decente (me pressionava a acordar muito cedo, mas buscava dormir o mais cedo possível então) e exercício físico, este último algo que não abro mão já fazem uns bons 6 anos.

Mas é muito doido como hoje, as horas de sono decente já foram pro saco, o exercício fisico por saúde e qualidade de vida abriu espaço para treinos diários em busca de um objetivo diferent: a evolução em um esporte e a busca pelo pódio, ou seja: mais carga física e mental envolvida.

Nos últimos dias me peguei realmente assustada e com medo do senhor burnout. Comecei a me sentir extremamente vulnerável, desprotegida, sem energia para impor limites, me relacionar com as pessoas e principalmente, sem conseguir viver com presença. Não à toa, foi o desejo do meu aniversário desse ano. Me peguei vivendo 200% no automático, sem prestar atenção, fazendo as coisas pela metade, deixando passar comportamentos que me ferem pra “não me estressar”.

Eu não gosto desse lugar de reclamar e não buscar solução, eu gosto pensar em como eu posso burlar os problemas (e sem precisar deixar de reclamar, entende? kkk), então o primeiro pensamento foi: preciso reorganizar minha agenda, minhas demandas, “talvez fazer tarefa tal em horário tal que assim, quem sabe, rendo melhor” (percebam que reduzir o ritmo não era uma opção 🤣).

Eu estava esquecendo de um detalhe quase nada importante. A quantidade de demandas que eu estava abraçando. E que eu sou um ser humano, não um robô. 😅 Eu estava comparando momentos de vida completamente diferentes, e esperando a produtividade que eu tinha quando eu tinha apenas 1/4 da quantidade de responsabilidades que tenho hoje. Eu quero entregar minhas fotos em 1 semana, mas eu fazia isso quando eu tinha 1 trabalho a cada duas, hoje, eu fotografo diversas vezes semanalmente. Óbvio que essa conta não fecha.

A gente quer ser grande, mas crescer dói e dá trabalho. E ninguém cresce sozinho, muito menos na pressa. O próximo passo após o surto: a aceitação.

Aceitar que o descanso é prioridade e que cuidar da saúde definitivamente não pode ser esquecido na lista de tarefas, nem aproveitar a vida com quem a gente ama ou deixar de ver a beleza aqui. Que fazer vários nada me nutre profundamente e me torna mais criativa, então agendar trabalhos desenfreadamente sem uma folga entre eles não pode ser a rotina.

Aceitar que vou precisar impor mais limites, delegar, dialogar mais, dizer mais nãos (🏃‍♀️), lidar com responsabilidade maiores, consequências maiores, mas também, atingirei objetivos grandiosos para mim. É isto, hora de “arrumar a casa”. Alô, psicóloga? Tem horário pra mim essa semana? 🤣

Te convido a prestar atenção no teu ritmo hoje. Como anda essa sobrecarga por aí? Vamos olhar pra isso antes que a vida cobre e nos faça parar na marra?

Me siga no @amandabaronio. 🌹 Te espero pra trocarmos uma ideia nos comentários!

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