Ninguém senta em duas cadeiras.

Ouvi essa frase do meu professor de jiu-jitsu antes de viajar pro Campeonato Brasileiro há algumas semanas atrás. Ela ecoa na minha cabeça desde então, e tudo o que aconteceu pré-viagem e que tem acontecido até o presente momento tem ido de encontro à essa frase. Eu quero e não quero concordar com ela, afinal, como já disse, os ocorridos da minha vida tem me levado sempre de volta a esse ditado. Aquela sensação de chapéu servindo. rs

A gente vive numa constante busca de equilibrar os pratos da vida né? E a gente costuma pensar que equilíbrio é conseguir segurar vários pratinhos de uma vez. Ou sentar em duas cadeiras ao mesmo tempo. Mas olha, com base em minha vivência das últimas semanas eu te digo, o maior desafio não é equilibrar, esse é o nosso maior sonho, essa seria a escolha fácil, a de conseguir abraçar o mundo. O difícil está em de fato fazer uma escolha, em priorizar. E abdicar do outro lado. Deixar uns pratos caírem e aceitar as consequências disso.

Quando tu tá indo abrir a geladeira e faz uma resolução dessas.

Antes da minha viagem, foi necessário que desse suporte pra minha família presencialmente por conta de um problema de saúde. Isso demandou que eu quebrasse minha rotina diversas vezes e tivesse que me adaptar pra equilibrar todos os pratos. Eu queria dar conta de ajudar a família, treinar muito, comer e dormir bem, trabalhar e ainda estar presente na minha casa, com a minha família que construí.

Tive um surto? Tive um surto. E a sensação no fim das contas foi a de que eu não fiz nenhuma escolha consciente. Eu não me priorizei, eu quis dar conta de tudo. Foi como se eu tivesse deixado um pouco de mim em cada canto e isso me abalou muito psicologicamente. Fiquei com medo de verdade de não ter um bom desempenho na competição por conta disso. Viajar alguns dias antes do campeonato foi o que me salvou, foi como se eu tivesse feito uma escolha, mesmo que tenha sido “na cagada”. kkk Deixei tudo pra trás e foquei 100% no meu jiu-jitsu e no meu mental.

Claro que ninguém quer deixar a família na mão ou dificilmente pode parar o trabalho por 2 semanas, por exemplo. E essa é a grande pedreira que a gente enfrenta. Como faz pra priorizar e administrar o peso entre escolhas versus consequências? E a culpa que nos corrói ao desapontar um lado pra conseguir alcançar o nosso objetivo do outro?

Não acho que essas perguntas tenham soluções simplistas, longe de mim me propor a isso, mas já tenho algumas coisas em mente que gostaria de fazer diferente. Uma delas é ser mais assertiva nas minhas escolhas e limites pra ver onde posso dar um pause e quais são as consequências que quero lidar e as que são pesadas demais pra mim. Olhar pra situação de maneira mais objetiva e prática, antes de ficar correndo de um lado para o outro igual uma barata tonta, tentando atender a todas as demandas até ter um piripaque.

Quero lembrar da palavra prioridade e entender quais são as minhas naquele momento, para que eu possa ficar em paz com minhas decisões e não em uma briga interna que só vai me deixar paralisada e consumir mais ainda a minha energia.

Se vou conseguir? Já é outra história, mas ela certamente será compartilhada aqui se eu sentir que ela é relevante pra alguma situação que você possa estar ou vir a passar. Por hora, vamos um dia de cada vez.

Você é bom em entender sua prioridade? Consegue lidar com isso? Ou é uma pessoa como eu que vive tentando abraçar o mundo está com os dois ombros lesionados por conta disso? 🤣

Me siga no Instagram e compartilhe comigo seu ponto de vista ou vivência: @amandabaronio

Tamo junto. ♥

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de navegação, personalizar conteúdos e anúncios, fornecer funcionalidades de redes sociais e analisar o tráfego do site.

Ao clicar em “Aceitar todos”, você concorda com o uso de todos os cookies.