Palavras

Há alguns dias eu pensava sobre a proporção, o lugar que algumas palavras ocupam em nossa vida, em nossas relações, e o quanto é curioso esse processo. A relação que estabelecemos com algumas experiências e com as palavras ditas em certos momentos não é banal ou óbvia. Algumas fazem eco por toda a vida!

Nós corremos um grande risco de sermos guiados por certas “sentenças“, frases ditas em momentos marcantes de nossa história, que podem assumir uma posição norteadora em nossas escolhas. É como se elas estivessem dirigindo nossa vida enquanto permanecemos na carona. Elas podem nos levar para lugares muito diferentes daqueles que gostaríamos de ir.

Aquelas coisas do tipo: -“Você não presta pra nada”; -“Você nunca vai conseguir”; -“Tu não sabe fazer nada direito”; -“Tu só pensa em ti”… e por aí vai…

Você, possivelmente ouviu algo assim, em algum momento da sua vida. E somado a isso, algumas vezes os nossos pensamentos emitem julgamentos cruéis sobre nós. Esses “monstrinhos” ficam dentro da nossa cachola contando um tanto de histórias, dizendo umas barbaridades repetidamente e aumentando nosso sofrimento. Você já percebeu isso acontecendo? Você mesmo agindo de forma pouco gentil e bastante insensível consigo?

Notar esses pensamentos como o que de fato são – apenas pensamentos – é um exercício difícil, e pode ser a diferença entre encontrar um caminho que alegre nossos pés, ou passar a vida tentando brigar com o que já não pode ser mudado.

Alguém disse: “Ouça o que as pessoas estão dizendo ao seu respeito. Talvez elas estejam certas”. Quando alguém que amamos sinaliza algo a nosso respeito é importe que paremos para ouvir, refletir, para olhar para dentro de nós mesmos de forma justa, acolhedora e disposta à mudança.

Nesse sentido, cabe considerar que tais movimentos ganham um lugar distinto se o que guia nossa mudança são nossos valores de vida, a possibilidade de nos aproximarmos do que realmente nos importa. Há coisas sobre nós que não conseguimos perceber, mas que os olhos do outro podem nos ajudar a ver.

Quando ouvimos uma verdade doída, temos a chance de tornarmo-nos melhores. Porém, tais palavras não precisam ser rudes.

Cuide bastante para não confundir sinceridade com desrespeito e grosseria. Sinceridade e estupidez não são sinônimos. Na mesma medida, é fundamental considerar bem se o que lhe é dito é motivado por amor.

Algumas pessoas são duras demais em suas críticas, e podem não querer genuinamente nos ajudar a melhorar. Sua intenção pode ser apenas a de nos ferir, o que é bastante triste.

O que de fato está ao nosso alcance diz respeito a forma como nós lidaremos com isso. Que no falar sejamos afetivos, ainda que precisemos contar das amarguras. Um bom norte pode ser entender que não vale a pena lutar contra o que não pode ser mudado. Vale a pena, sim, mudar naquilo que é possível!

A vida que temos no tempo, e o tempo que temos na vida podem ser melhor aproveitados se estivermos dedicados ao que pode ser mudado, e que nos aproxima da história que queremos construir. Você pode viver de um jeito diferente! Você pode mudar! Bora viver!

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Aproveita pra ler os textos das minhas maravilhosas parceiras de blog: AmandaDallen e Sara.

Com carinho, Jonas Filho.

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