Eu tenho uma pergunta pra te fazer. Vamos começar assim, logo de cara?
Então lá vai: como é que se faz, numa realidade em que se sabe que nem eu, nem tu e nem ninguém tem controle do que acontece na vida, pra sentir que “opa, eu sou a decisora da minha vida profissional“?
Os processos de desenvolvimento profissional que conduzo, seja com quem busca uma mudança na carreira ou com quem está firme na trajetória que escolheu mas quer mesmo é dar (o que eu chamo de) um boost no negócio que tem, faz essa pergunta voltar com uma grande frequência, desse lado de cá.
Todos gostaríamos, né? De um pouquinho mais de controle nessa seara tão importante da nossa vida.
Controle e poder de definição sobre acontecimentos externos realmente não se tem, e fazer as pazes com essa nossa circunstância nos traz tranquilidade. Isso se sabe.
Mas pensa comigo. Ao mesmo tempo em que não se tem controle sobre o resultado de muitas das nossas ações, jogar as mãos para o céu e entender que nada se pode fazer também não é lá muito potente, não é? Afinal de contas, estamos tratando de uma vida que é nossa, de uma carreira que é nossa, de escolhas que cabem a nós, dos passos que podemos dar e das ações que podemos tomar.
Pois então, a resposta para essa pergunta pode estar mais ou menos por aí, não pode? Num meio do caminho.
Não temos controle sobre tudo, mas temos sim controle sobre uma boa parte dessa equação.
Tem uma parte aí que diz respeito às nossas ações, às decisões sobre as oportunidades que ativamente buscamos, sobre os sins e os não que damos para oportunidades que surgem, sobre as escolhas do rumo que decidimos seguir.
E é sobre isso – precisamente – que proponho que pensemos. Sobre a escolha do que pode ser chamado de rumo. Um norte nosso, que guia as nossas decisões.
Já experimentou pensar dessa maneira?
E o que teria um rumo, de tão especial? Como um rumo pode nos dar certezas (e um tiquinho de controle) em relação à nossa vida profissional?
A verdade é que quando sabemos para onde estamos indo, fica mais fácil decidir – entre o mar de opções que se apresentam – as esquerdas e direitas que podemos tomar, e o que é sim e o que é não.
Um rumo claro nos permite guiar o nosso progresso e ajustar a nossa rota, conforme o caminho é caminhado.
Com um norte claro, passamos a ser profissionais com um olhar mais afiado e estratégico em relação às oportunidades que buscamos, os movimentos que fazemos e os projetos que criamos.
E um rumo não é um objetivo escolhido ao acaso. Ele representa o lugar onde queremos chegar, profissionalmente falando. É ancorado em crenças pessoais e desejos muito fortes, que falam de quem somos e do que acreditamos.
Um rumo é potente. Ele nos dá um direcionamento e tem a representatividade de uma força que nos puxa para frente, porque fala dos nossos valores e do que queremos conquistar.
Então fica aqui o meu convite para que pegues uma xícara de café (ou de chá – já viu o texto da Dallen aqui no blog sobre isso? eu amei!) e ponha no papel, com a clareza que vier, qual é o teu rumo profissional hoje.
Algumas perguntas podem te ajudar. Quais são os talentos e as habilidades que tu tens e que usas para ajudar a ti, aos outros, e ao mundo? O teu rumo, o lugar que queres ocupar, pode estar por aí.
Ou então um projeto – com começo, meio e fim – muito claro e definido no tempo, que tens como objetivo tirar do papel e transformar em vida real. Quem sabe esse pode ser um norte bacana.
Não existe um rumo certo ou errado. O importante é ter o teu bem definido e claro, para ti.
Te convido ao exercício e, se te sentires à vontade, divide conosco tuas reflexões aqui nos comentários. Vou adorar aprofundar contigo a conversa sobre isso. 🙂
Beijos,
Nina.