Você já foi apresentada/o ao Peach Fuzz, a cor do ano para 2024, segundo a empresa Pantone?
Veja isso:
“Buscando um tom que refletisse nosso desejo inato por proximidade e conexão, escolhemos uma cor radiante que expressa calorosamente a elegância e a modernidade. Uma cor que ressoa com gentileza compassiva oferecendo um abraço, faz a conexão sem esforço entre o que é jovial com o que é atemporal.”
Esse trecho, retirado do site da Pantone, traz ainda linda referências da cor de um pêssego maduro, num meio termo entre o rosado e o alaranjado.
Uma cor clara, de fundo quente, como um convite ao sossego, ao aconchego e a proximidade!
Tá bem, que lindo, mas… de onde tiram que a cor do ano é essa? Não anda o mundo justamente o oposto disso? Guerras por toda parte, ódio disseminado na internet, destruições por loucuras climáticas, polarização persistente… que mais?
Pois é. A escolha da cor do ano expressa muito mais o DESEJO do que a REALIDADE. O Zeitgeist, que é o espírito do tempo de uma determinada época, mapeia isso, mas não significa que a gente tenha isso.
O mesmo ocorreu na época pós pandemia, quando o mundo pedia cor e vibração, e vimos uma profusão de neons tentando nos tirar das nuances cinzas e acromáticas em que vivíamos.
Por isso, mais legal do que sair dizendo gosto/ não gosto da cor da Pantone, entender o que está por trás dessa escolha nos torna mais pertencentes, conectados com o momento, Você não acha?
Dito isso, agora sim: você gostou? Não gostou?
Falando em aspectos mais técnicos, como a harmonia com a beleza natural de cada um, por exemplo, quem tem predominância de tons escuros ou frios pode sentir que falta um punch na cor, sabe? Já quem tem tons mais quentes e nuances claras vai adorar.
O contrário pode ocorrer? Tipo, até tenho essa harmonia mas não gostei da cor? CLARO. Antes mesmo da harmonia vem o desejo de imagem da pessoa, o que ela quer comunicar naquele momento. Se isso passa por força e protagonismo, certamente a Peach Fuzz não será a melhor escolha…
Mas por aqui a gente sabe que não tem que gostar só porque está na moda ou porque está dito, né?
A gente entende as regras do jogo e aprende estratégias para criar as nossas próprias.
Sigamos!
Beijo, Dallen.