Se eu falar “peça básica”, o quê vem à sua cabeça? Pra quase todo mudo vai vir um conceito junto com esse termo parecido com: peça chata, sem graça.
Pois bem… sempre achei que estava básica demais, mas não que estava vestida de forma ‘errada’. Faltava algo que eu nem sabia o que era. Até que ouvi pela primeira vez: sair do comum para o extraordinário. Não estou falando de alta costura, até porque isso é para poucos. E digo mais, ninguém quer sair com cara de Vogue todos os dias.
Eu queria continuar sendo eu, mas em uma versão 2.0. E qual foi a fórmula? Não existe uma. O que existe? Intenção. Ou, como eu chamo, aquele tempero 🧂 (expressão que inventei durante a Trilha de Estilo, hehehe…). E foi aí que deixei de usar peças básicas para adotar peças-base.
Peça básica – muito simples, quase sem graça. Peça base – mais elaborada, com mais interessância. O que muda de uma para outra? O design!
Mas está errado usar peças básicas? Não, o problema, a meu ver, é usar todas as peças muito básicas. Por exemplo: calça jeans com uma camiseta branca básica de algodão, gola em V, rente ao corpo e tecido um pouco transparente. Agora, a mesma calça jeans com uma camiseta branca básica também de algodão, mas com uma gola mais estruturada, modelagem solta e reta, e tecido mais encorpado. Aí está a diferença!
Uma pitada de tempero elevou o visual. Quando a base é bem feita, o resultado é diferente. Sabendo disso, ficou muito mais fácil elaborar um look, e hoje, quando vou comprar, sou mais assertiva. Mas isso não quer dizer que não tenho dúvidas. Sempre terei. A diferença está na sensação: se me sinto confortável e confiante, tem o tempero que procuro e sei que no meu armário há outras peças que vão complementar. Aí, meu bem, eu levo na hora.
Quando me dizem que sou estilosa, penso que é o conjunto de todas essas coisas que mencionei aqui. Resumindo: penso, logo existo; no meu caso, visto. 😉🤭

Mari Ribeiro
Modelo 50+, trilheira do 1o grupo e apaixonada por preparar receitas elaboradas!